Pelo menos 2.812 pessoas morreram vítimas da doença na Libéria Foto: Getty Images |
China enviou 160 profissionais de saúde para a Libéria, país mais afetado pela epidemia de Ebola na África ocidental, onde vão construir e administrar um centro de tratamento, afirmou a embaixada chinesa na Libéria em um comunicado neste domingo.
"A equipe, formada por enfermeiras, médicos, epidemiologistas, engenheiros e técnicos, chegou no sábado à capital da Libéria", onde pelo menos 2.812 pessoas morreram vítimas da doença, informou a embaixada. Os trabalhadores sanitários têm experiência no combate à Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars), na Ásia.
Em 10 dias, o contingente será enviado a um centro de tratamento da doença financiado pelo governo chinês, no valor de 41 milhões de dólares (33 milhões de euros).
O embaixador chinês na Libéria, Zhang Yue, ressaltou a particularidade desse tipo de ajuda fornecida pela China no combate à epidemia, especialmente na Libéria: "a China é o único país que colabora não só construindo um centro de tratamento, mas também com a sua administração".
Segundo o comunicado, a China fornecerá aos três países mais atingidos pelo Ebola (Guiné, Serra Leoa e Libéria) 60 motocicletas, 10.000 kits sanitários e 150.000 equipamentos de proteção pessoal.
À Libéria, o país também ajudará com camas, incineradores e outros equipamentos, somando 4,9 milhões de dólares. Até agora, Pequim prometeu a países afetados o equivalente a 122 milhões de dólares para ajudar na luta contra a epidemia.
No entanto, está muito aquém da União Europeia, cujos líderes aumentaram sua ajuda no combate ao Ebola para um bilhão de euros (1,26 bilhões de dólares).Desde o começo do ano, a China enviou para países oeste-africanos um total de 234 milhões de iuanes (38,2 milhões de dólares) em ajuda de emergência, incluindo a prevenção e o controle de doenças e o controle de materiais, grãos e dinheiro, segundo o ministério chinês das Relações Exteriores.
A China é o principal parceiro comercial da África e sua presença diplomática no continente negro tem se expandido enormemente nos últimos anos, com a busca, pelo gigante asiático, de recursos para alimentar sua pujante economia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário