Páginas

domingo, 31 de agosto de 2014

Mais Médicos completa 1 ano ainda com falta de estrutura

Ao completar um ano nesta terça-feira (2), o Mais Médicos está presente em 3.785 municípios, enquanto os 14 mil profissionais do programa - dos quais mais de 11 mil cubanos - enfrentam desafios para trabalhar. Os médicos deparam-se com infraestrutura precária dos postos, falta de medicamento, deficit de colegas, recusa de encaminhamento para especialistas e violência urbana. Apesar das insuficiências, pacientes comemoram a chegada dos doutores.
Lançado em meio à resistência de entidades médicas, o programa oferece bolsas de R$ 10 mil para brasileiros e estrangeiros e US$ 1.245 para cubanos trazidos por convênio com a Organização Pan-americana de Saúde (Opas). São os cubanos que, involuntariamente, se embrenham nos rincões e nas periferias e assistem a populações de onde antes não havia médico.
Nas Unidades de Saúde da Família (USFs) de Beira Mangue e Nova Esperança, na periferia de Salvador (BA), há um ano, a população ficaria sem médico não fossem os médicos da ilha. As equipes estão completas, mas o posto de Nova Esperança é precário e os pacientes são atendidos em uma igreja. "O lugar não foi pensado para isso", diz um o cubano, que prefere não se identificar. "A iluminação é insuficiente. Não é o ideal, mas a gente precisa continuar o atendimento, porque a população é muito carente de atenção."
"Parece piada que, quando a gente enfim tem médico que vai ficar, não tem lugar para ser atendido", diz a dona de casa Géssica Santos, de 27 anos. "Os médicos são ótimos, mas não é lugar para cuidar de paciente." Segundo a prefeitura de Salvador, 79 dos 112 postos foram reinaugurados e 18 estão em obras e serão entregues em 2015.
A USF de Beira Mangue chegou a ser interditada pela Vigilância Sanitária. Foi reinaugurada e agora tem de fechar por falta de segurança. "Não temos conseguido fazer as visitas às famílias porque as gangues muitas vezes proíbem nossa circulação", conta um médico. "Há situações em que eles mandam fechar a unidade. Obedecemos."
Em Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife (PE), são 14 profissionais - 12 cubanos e dois brasileiros -, mas ainda faltam oito médicos. "A atenção básica à saúde funciona razoavelmente bem", diz o agente comunitário de saúde Jonas Guimarães de Santana, de 29 anos. "O problema maior é a falta de especialistas, quando aqui no posto se identifica algo a ser tratado ou aprofundado." Ele frisa que a demanda é maior que a estrutura disponível e o paciente muitas vezes desiste do tratamento por causa da demora.
Além dos problemas, a população rende elogios. "Passei por uma consulta de 20 minutos, fiz exames e descobri que tenho pressão alta", conta Ana Paula de Santana, de 33 anos. "Isso é que é qualidade de atendimento", diz, referindo-se à cubana Nancy Maria Garcia Quevedo.
A médica trabalha o básico com os pacientes. "Às vezes chego mais cedo ao posto e falo coisas como não andar descalço nas ruas cheias de lixo, lavar as mãos depois de ir ao banheiro", conta. "Prevenção é o foco."

Inusitado

Em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense (RJ), havia postos de saúde que aguardaram até três anos pela chegada de um médico. As vagas do programa federal foram preenchidas por 30 cubanos e um português. Yudyt Rodriguez Esquivel, de 40 anos, é uma das cubanas.
Com a experiência na Venezuela e na Bolívia, se deparou com uma situação que só viu aqui: pacientes atendidos por PLANOS DE SAÚDE que procuram o serviço público em busca de encaminhamento para exames complexos e remédios do posto. "É estranho", sorri. "Muitos pacientes não querem consulta. Já chegam com as receitas, os pedidos de ressonância. Examino e prescrevo aquilo que acho que devo."
Na Clínica da Família da Favela do Jacarezinho, zona norte do Rio, a operadora de supermercado Maria das Dores do Nascimento, de 50 anos, diz que estranhou a língua enrolada de Rolando Bettancourt March, de 46 anos. "Mas ele fica bastante tempo com a gente. Quer ver se a gente entendeu mesmo." Na semana retrasada, ela procurou o médico ao sofrer uma crise hipertensiva. "Ele me salvou." O médico emenda: "A pressão dela chegou a 16x10". Ela sorri, ao ver que o médico se lembrou. "Foi isso mesmo."
Para March, Yudyt e os colegas, os tablets prometidos não chegaram. Eles precisam usar laptops próprios e ainda pagam A INTERNET. Quando têm dúvidas, recorrem a colegas e ao tutor (professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro).
Diante dos entraves, o Ministério da Saúde apresenta números. Segundo o governo, 50 milhões são atendidos pelo Mais Médicos - 5 milhões de consultas por mês. Isso implicou a diminuição de encaminhamentos para hospitais em 21%. As informações são do jornal "O Estado de S.Paulo".
Site de Busca : http://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/estado/2014/08/31/mais-medicos-completa-1-ano-ainda-com-falta-de-estrutura.htm

Karina Fontoura

O Iluminismo e suas Críticas para a Igreja

Iluminismo foi um movimento intelectual que surgiu durante o século XVIII na Europa, que defendia o uso da razão (luz) contra o antigo regime (trevas)  e pregava maior liberdade econômica e política.

Este movimento promoveu mudanças políticas, econômicas e sociais, baseadas nos ideais de liberdade, igualdade e fraternidade.

O Iluminismo tinha o apoio da burguesia, pois os pensadores e os burgueses tinham interesses comuns. 

As críticas do movimento ao Antigo Regime eram em vários aspectos como:
- Mercantilismo. 
-Absolutismo monárquico.
- Poder da igreja e as verdades reveladas pela fé.
Com base nos três pontos  acima, podemos afirmar que o Iluminismo defendia:
- A liberdade econômica, ou seja, sem a intervenção do estado na economia.
- O Antropocentrismo, ou seja, o avanço da ciência e da razão.
- O predomínio da burguesia e seus ideais.


Lucas Leon

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Médico com doença do 'desafio do balde de gelo' dá aula só com olho

Sem controle sobre músculos,Vanderlei Corradini leciona à distância. 
Esclerose lateral amiotrófica afeta neurônios responsáveis por movimentos.

Médico de São Sebastião do Paraíso, MG (Foto: Luciano Tolentino / EPTV)
O médico Vanderlei Corradini Simões de Lima, de 53 anos, já não tem mais controle sobre os músculos do corpo. Diagnosticado com esclerose lateral amiotrófica (ELA) em 2010, ele sofreu a paralisação progressiva dos membros. A exceção são os olhos. É com eles que ele se comunica com os alunos da disciplina de Fisiologia Médica da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), instituição em que atua como professor convidado. Lima vive em São Sebastião do Paraíso, em Minas Gerais.
Arte esclerose (ELA) (Foto: g1)
A ELA é a doença rara que motivou o desafio do balde de gelo, campanha que desafia personalidades a jogarem um balde de água gelada na cabeça para chamar a atenção sobre o problema.
As pessoas podem aceitar o desafio ou fazer uma doação para uma instituição ligada à ELA, ou ainda fazer as duas coisas.
De caráter progressivo, a ELA afeta os neurônios responsáveis pelos movimentos do corpo e causa a perda do controle muscular. A doença não interfere na capacidade cognitiva do indivíduo.
Nos Estados Unidos, onde a campanha foi criada pela ALS Association, associação americana que financia pesquisas dedicadas a encontrar uma cura para a doença e também serviços para pacientes, as arrecadações chegaram a US$ 88,5 milhões até esta terça-feira (26).
No Brasil, as três principais associações dedicadas ao apoio de pacientes com ELA arrecadaram, juntas, quase R$ 200 mil em doações em apenas uma semana.
“Acredito que esse fenômeno tem mais importância de nos tornar visíveis, já que as estatísticas insistem em nossa invisibilidade. Quanto à arrecadação de fundos, é um pontapé inicial em uma situação tão complexa”, diz Lima.
Comunicação
Desde quando perdeu os movimentos, Lima tem duas estratégias para se comunicar com o mundo externo. Em uma delas, um acompanhante mostra a ele um quadro com as letras do alfabeto dispostas em três linhas. Lima pisca para indicar em que linha está a letra desejada. Em seguida, a pessoa começa a ler as letras daquela linha e ele pisca na letra que quer usar. Dessa forma, formam-se as palavras e as frases.
Outra estratégia envolve uma ferramenta capaz de detectar os movimentos do globo ocular, que passam a controlar o mouse virtual de um computador.
Foram esses mecanismos que permitiram que ele escrevesse um livro, chamado “Eu e elas”, e que fosse convidado a ministrar uma disciplina, como professor convidado, na UFJF. O convite partiu da fisioterapeuta Carla Malaguti, que leciona a disciplina de fisiologia médica na instituição. Ela conta que já o conhecia e que sabia que tinha muito conhecimento acumulado nos 27 anos de prática em cirurgia geral e endoscopia digestiva.
Vanderlei Corradini Simões de Lima, em foto tirada antes de perder seus movimentos pela esclerose lateral amiotrófica (Foto: Vanderlei Corradini Simões de Lima/Arquivo Pessoal)Vanderlei Corradini Simões de Lima, em foto tirada
antes de perder seus movimentos pela esclerose
lateral amiotrófica (Foto: Vanderlei Corradini Simões
de Lima/Arquivo Pessoal)
“Falei para ele que, na disciplina, discuto casos à distância com os alunos e que precisava de um professor convidado para me ajudar. Ele adorou porque, com a doença, não pôde mais exercer a medicina, mas pôde manter a profissão como professor”, diz Carla.
A professora conta que a disciplina envolve a discussão de casos reais de pacientes com doenças degenerativas, como a ELA. “Foi muito bom para os alunos porque eles tinham contato com um caso real e também com alguém que entende, como médico, os aspectos todos das doenças”, observa.
Em entrevista por e-mail, Lima diz que sempre gostou de se envolver com a comunidade científica. “No momento que os primeiros sintomas apareceram, ministrava aulas no curso de endoscopia digestiva na pós-graduação da Faculdade de Medicina da Suprema. Quando recebi o convite, fiquei imaginando uma forma de ser útil. Assim, aproveitando minha experiência de 27 anos de medicina assistencialista, participo dos fóruns de discussão de casos clínicos online através da plataforma Moodle [ferramenta de ensino à distância], abordando aspectos psicobiossociais dos casos discutidos e respondendo às questões dos alunos.” Atualmente, além de dar aulas, ele prepara seu segundo livro: “Médico de pijamas e suas estórias”.
“Eu mesmo fiz o diagnóstico clínico e, após a confirmação, preparei minha vida e minha família para tudo que iria enfrentar.”
Vanderlei Corradini, médico
Diagnóstico
Vanderlei começou a perceber os primeiros sinais da doença quando passou a ter câimbras e diminuição da força muscular da mão esquerda. “Pelo fato de ser médico, eu mesmo fiz o diagnóstico clínico e, após a confirmação, preparei minha vida e minha família para tudo que iria enfrentar.”
Depois do primeiro sintoma, a doença evoluiu para paralisa do resto do corpo e da deglutição e respiração. “Nessa situação, é fundamental a aceitação. Para isso é preciso ter a convicção de que desempenhou seu papel com honradez e com a máxima perfeição que conseguiu impor e assim se atinge a sensação de ter vivido na sua plenitude e com êxito.”
Vanderlei Corradini Simões de Lima, que tem esclerose lateral amiotrófica, dá aulas e escreveu livro só com os movimentos dos olhos (Foto: Vanderlei Corradini Simões de Lima/Arquivo Pessoal)Médico Vanderlei Corradini Simões de Lima, que tem esclerose lateral amiotrófica, dá aulas e escreveu livro só com os movimentos dos olhos (Foto: Vanderlei Corradini Simões de Lima/Arquivo Pessoal)



Fonte : http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2014/08/medico-com-doenca-do-desafio-do-balde-de-gelo-da-aula-so-com-olhos.html

Nome : Fabrício Pires  n° 3    3 ano - Ensino Médio 

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Ebola

Ebola é uma febre grave do tipo hemorrágico transmitida por um vírus do gênero Filovirus, altamente infeccioso, que desenvolve seu ciclo em animais.


Se contraído, o Ebola é uma das doenças mais mortais que existem. É um vírus altamente infeccioso que pode matar mais de 90% das pessoas que o contraem, causando pânico nas populações infectadas.

A organização humanitária internacional Médicos Sem Fronteiras (MSF) tratou centenas de pessoas com a doença e ajudou a conter inúmeras epidemias ameaçadoras.


Fatos

A primeira vez que o vírus Ebola surgiu foi em 1976, em surtos simultâneos em Nzara, no Sudão, e em Yambuku, na República Democrática do Congo, em uma região situada próximo do Rio Ebola, que dá nome à doença.

Morcegos frutívoros são considerados os hospedeiros naturais do vírus Ebola. A taxa de fatalidade do vírus varia entre 25 e 90%, dependendo da cepa.

“MSF foi para Bundibugyo e administrou um centro de tratamento. Muitos pacientes receberam cuidados. Graças a Deus, eu sobrevivi. Depois da minha recuperação, me juntei a MSF”, conta Kiiza.

Estima-se que, até janeiro de 2013, mais de 1.800 casos de Ebola tenham sido diagnosticados e quase 1.300 mortes registradas.

Primeiramente, o vírus Ebola foi associado a um surto de 318 casos de uma doença hemorrágica no Zaire (hoje República Democrática do Congo), em 1976. Dos 318 casos, 280 pessoas morreram rapidamente. No mesmo ano, 284 pessoas no Sudão também foram infectadas com o vírus e 156 morreram.

Há cinco espécies do vírus Ebola: Bundibugyo, Costa do Marfim, Reston, Sudão e Zaire, nomes dados a partir dos locais de seus locais de origem. Quatro dessas cinco cepas causaram a doença em humanos. Mesmo que o vírus Reston possa infectar humanos, nenhuma enfermidade ou morte foi relatada.

MSF tratou centenas de pessoas afetadas pelo Ebola em Uganda, no Congo, na República Democrática do Congo, no Sudão, no Gabão e na Guiné. Em 2007, MSF conteve completamente uma epidemia de Ebola em Uganda.


O que causa o Ebola?

O Ebola pode ser contraído tanto de humanos como de animais. O vírus é transmitido por meio do contato com sangue, secreções ou outros fluídos corporais.

Agentes de saúde frequentemente são infectados enquanto tratam pacientes com Ebola. Isso pode ocorrer devido ao contato sem o uso de luvas, máscaras ou óculos de proteção apropriados.

Em algumas áreas da África, a infecção foi documentada por meio do contato com chimpanzés, gorilas, morcegos frutívoros, macacos, antílopes selvagens e porcos-espinhos contaminados encontrados mortos ou doentes na floresta tropical.

Enterros onde as pessoas têm contato direto com o falecido também podem transmitir o vírus, enquanto a transmissão por meio de sêmen infectado pode ocorrer até sete semanas após a recuperação clínica.
Ainda não há tratamento ou vacina para o Ebola.
intomas
No início, os sintomas não são específicos, o que dificulta o diagnóstico.

A doença é frequentemente caracterizada pelo início repentino de febre, fraqueza, dor muscular, dores de cabeça e inflamação na garganta. Isso é seguido por vômitos, diarreia, coceiras, deficiência nas funções hepáticas e renais e, em alguns casos, sangramento interno e externo.

Os sintomas podem aparecer de dois a 21 dias após a exposição ao vírus. Alguns pacientes podem ainda apresentar erupções cutâneas, olhos avermelhados, soluços, dores no peito e dificuldade para respirar e engolir.


Diagnóstico

Diagnosticar o Ebola é difícil porque os primeiros sintomas, como olhos avermelhados e erupções cutâneas, são comuns.

Infecções por Ebola só podem ser diagnosticadas definitivamente em laboratório, após a realização de cinco diferentes testes.

Esses testes são de grande risco biológico e devem ser conduzidos sob condições de máxima contenção. O número de transmissões de humano para humano ocorreu devido à falta de vestimentas de proteção.

“Agentes de saúde estão, particularmente, suscetíveis a contraírem o vírus, então, durante o tratamento dos pacientes, uma das nossas principais prioridades é treinar a equipe de saúde para reduzir o risco de contaminação pela doença enquanto estão cuidando de pessoas infectadas”, afirma Henry Gray, coordenador de emergência de MSF durante um surto de Ebola em Uganda em 2012.

“Nós temos que adotar procedimentos de segurança extremamente rigorosos para garantir que nenhum agente de saúde seja exposto ao vírus, seja por meio de material contaminado por pacientes ou lixo médico infectado com Ebola”.


Tratamento

Ainda não há tratamento ou vacina específicos para o Ebola.

O tratamento padrão para a doença limita-se à terapia de apoio, que consiste em hidratar o paciente, manter seus níveis de oxigênio e pressão sanguínea e tratar quaisquer infecções. Apesar das dificuldades para diagnosticar o Ebola nos estágios iniciais da doença, aqueles que apresentam os sintomas devem ser isolados e os profissionais de saúde pública notificados. A terapia de apoio pode continuar, desde que sejam utilizadas as vestimentas de proteção apropriadas até que amostras do paciente sejam testadas para confirmar a infecção.

MSF conteve um surto de Ebola em Uganda em 2012, instalando uma área de controle entorno do centro de tratamento.

O fim de um surto de Ebola apenas é declarado oficialmente após o término de 42 dias sem nenhum novo caso confirmado.

Postado por: Giovanna Fyseris n°05



domingo, 24 de agosto de 2014

Entenda os conflitos entre Israel e Palestina

Disputa é por terras sagradas tanto para judeus como para muçulmanos.
Saiba como a questão evoluiu desde o fim do século XIX até a atualidade.

Os conflitos entre Israel e Palestina têm extensas raízes culturais que remontam a vários séculos.
Veja abaixo um resumo da evolução, do fim do século XIX até a atualidade, da disputa pela região no Oriente Médio, que possui importante significado religioso tanto para o judaísmo quanto para o islamismo.
Raízes do conflito
Em 1897, durante o primeiro encontro sionista, movimento internacional judeu, ficou decidido que os judeus retornariam em massa à Terra Santa, em Jerusalém -de onde muitos foram expulsos pelos romanos no século III d.C..
Imediatamente teve início a emigração para a Palestina, que era o nome da região no final do século XIX.
Nessa época, a área pertencia ao Império Otomano, onde viviam cerca de 500 mil árabes. Em 1903, 25 mil imigrantes judeus já estavam vivendo entre eles. Em 1914, quando começou a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), já eram mais de 60 mil.
Em 1948, pouco antes da criação do Estado de Israel, os judeus somavam 600 mil.
Adolf Hitler, em foto de 1939 (Foto: Arquivo AFP)Adolf Hitler, em foto de 1939 (Foto: Arquivo AFP)
Estado duplo
Confrontos começaram a ocorrer à medida que a imigração aumentava. Durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), o fluxo de imigrantes aumentou drasticamente, porque milhões de judeus se dirigiam à Palestina fugindo das perseguições dos nazistas na Europa.
Em 1947, a ONU tentou solucionar o problema e propôs a criação de um "Estado duplo": o território seria dividido em dois Estados, um árabe e outro judeu, com Jerusalém como "enclave internacional". Os árabes não aceitaram a proposta.
Guerras
No dia 14 de maio de 1948, Israel declarou sua independência. Os exércitos de Egito, Jordânia, Síria e Líbano atacaram, mas foram derrotados.
Em 1967, aconteceram os confrontos que mudariam o mapa da região, na chamada "Guerra dos Seis Dias". Israel derrotou Egito, Síria e Jordânia e conquistou, de uma só vez, toda a Cisjordânia, as Colinas de Golan e Jerusalém Oriental.
Em 1973, Egito e Síria lançaram uma ofensiva contra Israel no feriado de Yom Kippur, o Dia do Perdão, mas foram novamente derrotados.
Intifada
Em 1987 aconteceu a primeira Intifada, palavra árabe que significa "sacudida" ou "levante", quando milhares de jovens saíram às ruas para protestar contra a ocupação israelense, considerada ilegal pela ONU. Os israelenses atiraram e mataram crianças que jogavam pedras nos tanques, provocando indignação na comunidade internacional.
Jovens palestinos jogam pedras contra soldados israelenses perto de Tulkarem, na Cisjordânia, em janeiro de 2009 (Foto: Arquivo AFP)Jovens palestinos jogam pedras contra soldados
israelenses perto de Tulkarem, na Cisjordânia, em
janeiro de 2009 (Foto: Arquivo AFP)
A segunda Intifada teve início em setembro de 2000, após o então primeiro-ministro israelense Ariel Sharon ter caminhado nas cercanias da mesquita Al-Aqsa, considerada sagrada pelos muçulmanos, e que faz parte do Monte do Templo, área sagrada também para os judeus.
Século XXI
Com o apoio de Washington ao longo dos anos, Israel permanece nos territórios ocupados e continua se negando a obedecer a resolução 242 das Nações Unidas, de novembro de 1967, que obriga o país a se retirar de todas as regiões conquistadas durante a Guerra dos Seis Dias.
Apesar das negociações, uma campanha de atentados e boicotes de palestinos que se negam a reconhecer o estado de Israel, e de israelenses que não querem devolver os territórios conquistados, não permite que a paz se concretize na região.
Cisma Palestino
Em junho de 2007, a Autoridade Nacional Palestina se dividiu, após um ano de confrontos internos violentos entre os partidos Hamas e Fatah que deixaram centenas de mortos. A Faixa de Gaza passou a ser controlada pelo Hamas, partido sunita do Movimento de Resistência Islâmica, e a Cisjordânia se manteve sob o governo do Fatah, do presidente Mahmoud Abbas.
Militante do Hamas mostra cópia do Corão após invadir a sede do Fatah na Cidade de Gaza, em junho de 2007 (Foto: Arquivo AFP)Militante do Hamas mostra cópia do Corão após invadir a sede do Fatah na Cidade de Gaza, em junho de 2007 (Foto: Arquivo AFP)
O Hamas havia vencido as eleições legislativas palestinas um ano antes, mas a Autoridade Palestina havia sido pressionada e não permitiu um governo independente por parte do premiê Ismail Hamiya. Abbas declarou estado de emergência e destituiu Hamiya do cargo, mas o Hamas manteve o controle de fato da região de Gaza.
Novos impasses
Em 2010, a tensão voltou a subir. O premiê israelense, Benjamin Netanyahu, decretou a construção de 1.600 novas casas para judeus no setor oriental de Jerusalém, reivindicado pelos palestinos como sua capital.
O anúncio causou oposição até de aliados ocidentais de Israel, como os EUA.
A Autoridade Palestina considera a ocupação judaica na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental o maior impedimento para a paz.
Antigas fronteirasEm um longo discurso na Casa Branca sobre a política norte-americana para os países árabes em 19 de maio de 2011, o presidente Barack Obama pediu que israelenses e palestinos fizessem concessões para a criação de um Estado Palestino, nas fronteiras anteriores a 1967 e desmilitarizado.
Poucos dias depois, em visita aos EUA, o premiê israelense Benjamin Netanyahu afirmou diante do Congresso americano que Israel se dispõe a fazer "concessões dolorosas", inclusive de terras, para atingir a paz na região, mas que uma volta às fronteiras de 1967 é "indefensável" e também que a capital, Jerusalém, não deve ser dividida.
Antes da assembleia da ONU
Em agosto de 2011, Israel dá a aprovação final para a construção das 1.600 moradias israelenses em Jerusalém Oriental, decretada no ano anterior. O ato dificulta os esforços liderados pelos EUA em dissuadir os palestinos de buscar o reconhecimento na ONU da nação como um Estado.
No início de setembro, o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-Moon, reitera o apoio que já havia declarado à criação do Estado Palestino. O início da assembleia da ONU está marcado para 20 de setembro.
Cerca de 500 mil judeus vivem na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, áreas capturadas por Israel na guerra de 1967. Cerca de 2,5 milhões de palestinos vivem no mesmo território.
Fonte: http://g1.globo.com/mundo/noticia/2011/09/entenda-os-conflitos-entre-israel-e-palestina.html
Postado por Paloma Ares nº14

domingo, 17 de agosto de 2014

Feira de Profissões USP

Dia 08 de agosto os alunos do ensino médio do Colégio Ômega, tiveram a oportunidade de participar da Feira de Profissões realizada pela Universidade de São Paulo (USP). 
Foi muito importante principalmente para os alunos da 3ª série do EM, porque no próximo ano estarão entrando na universidade e precisam estar certos na decisão que irão tomar. Muitos alunos ainda estavam com dúvidas e tiveram oportunidades de conversar com alunos e professores do curso escolhido, e decidirem se vão continuar com essa escolha.


Bruna Trindade.