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sexta-feira, 30 de maio de 2014

Revolução dos Cravos

Revolução dos Cravos
Dia 25 de abril é considerado Feriado Nacional e o "Dia da Liberdade"
Antes de tentarmos entender A Revolução dos Cravos, devemos saber alguns pontos principais do contexto histórico português de 1974. A parte em que aprendemos sobre Portugal sempre está misturada com a história de nosso próprio país, sua descoberta e colonização. O raro vislumbre que temos desse importante Estado no século XX ocorre com a ascensão dos regimes ditatoriais, em que focamos no nazismo e fascismo, por suas grandes influências na II Guerra Mundial.
Mas na mesma época em que o fascismo italiano e o nazismo alemão iam se firmando, na década de 1920, outros movimentos políticos parecidos começavam a se formar. É então que em 1926, Portugal presencia um golpe de estado que se autodenomina Ditadura Nacional. Sete anos depois, começa a vigorar – através da Constituição de 1933 – o chamado Estado Novo, governado por Salazar, e inspirado no fascismo.
É interessante lembrar que alguns anos depois, o Brasil sofre com uma mudança parecida causada por Getúlio Vargas e seus simpatizantes, e que também leva o nome de Estado Novo (1937-1945), inspirado pela ditadura portuguesa.
Salazar conseguiu com esse novo regime concentrar em suas mãos um poder maior do que a Assembleia Nacional e o Presidente da República, de modo que quaisquer tipos de liberdade (individuais, políticas, de imprensa, entre outras) fossem proibidos. Sua influência era tamanha que o Período em que governou ficou conhecido como “Salazarismo”.
Por mais de trinta anos, Salazar liderou o Estado Novo, porém em 1968 foi afastado por causa de sua doença. Seu sucessor Marcello Caetano continuou com todos os “ideais” pregados por Salazar, até que, em abril de 1974 renunciou o cargo devido à Revolução dos Cravos. A ditadura portuguesa durou quarenta e oito anos e foi o mais longo regime do século XX.
A Revolução dos Cravos foi um movimento social que ocorreu para que houvesse um fim na ditadura. Liderada pelo Movimento das Forças Armadas (MFA), compostos em sua maioria por capitães, a revolução tomou forma em 25 de abril de 1974.
À meia noite e vinte minutos, toca a música “Grândola, Vila Morena” de Zeca Afonso, uma música proibida pelo regime por ter características consideradas comunistas, no programa Limite da Rádio Renascença, e a Revolução se inicia. 
Música “Grândola, Vila Morena” de Zeca Afonso
Forças vão ocupando pontos vitais de Lisboa, até que Marcello Caetano se rende ao final do dia, porém exige que o poder seja entregue para o General António de Spínola, que não fazia parte do MFA, para que o "poder não caísse na rua". Marcello Caetano parte, depois, para a Madeira, rumo ao exílio no Brasil.
Há muitas histórias do por que do nome, mas a mais conhecida diz que Celeste Caeiro iniciou a distribuição dos cravos vermelhos pelos populares que os ofereceram aos soldados. Estes os colocaram nos canos das espingardas, simbolizando a Revolução.

Heloísa Y. Hashimoto

Fontes Bibliográficas
NOGUEIRA, Fausto Henrique Gomes & CAPELLARI, Marcos Alexandre. História Ensino Médio 3º Ano, Ser Protagonista. 1ª Edição. São Paulo: edições SM, 2010. Pp. 87, 176.
Fontes Eletrônicas

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