Revolução dos Cravos
Dia 25 de abril é considerado Feriado Nacional e o "Dia da Liberdade"
Antes de tentarmos entender
A Revolução dos Cravos, devemos saber alguns pontos principais do contexto
histórico português de 1974. A parte em que aprendemos sobre Portugal sempre
está misturada com a história de nosso próprio país, sua descoberta e
colonização. O raro vislumbre que temos desse importante Estado no século XX
ocorre com a ascensão dos regimes ditatoriais, em que focamos no nazismo e
fascismo, por suas grandes influências na II Guerra Mundial.
Mas na mesma época em que o
fascismo italiano e o nazismo alemão iam se firmando, na década de 1920, outros
movimentos políticos parecidos começavam a se formar. É então que em 1926,
Portugal presencia um golpe de estado que se autodenomina Ditadura Nacional.
Sete anos depois, começa a vigorar – através da Constituição de 1933 – o
chamado Estado Novo, governado por Salazar, e inspirado no fascismo.
É interessante lembrar que
alguns anos depois, o Brasil sofre com uma mudança parecida causada por Getúlio
Vargas e seus simpatizantes, e que também leva o nome de Estado Novo (1937-1945),
inspirado pela ditadura portuguesa.
Salazar conseguiu com esse
novo regime concentrar em suas mãos um poder maior do que a Assembleia Nacional
e o Presidente da República, de modo que quaisquer tipos de liberdade
(individuais, políticas, de imprensa, entre outras) fossem proibidos. Sua
influência era tamanha que o Período em que governou ficou conhecido como “Salazarismo”.
Por mais de trinta anos,
Salazar liderou o Estado Novo, porém em 1968 foi afastado por causa de sua
doença. Seu sucessor Marcello Caetano continuou com todos os “ideais” pregados
por Salazar, até que, em abril de 1974 renunciou o cargo devido à Revolução dos
Cravos. A ditadura portuguesa durou quarenta e oito anos e foi o mais longo
regime do século XX.
A Revolução dos Cravos foi
um movimento social que ocorreu para que houvesse um fim na ditadura. Liderada pelo
Movimento das Forças Armadas (MFA), compostos em sua maioria por capitães, a
revolução tomou forma em 25 de abril de 1974.
À meia noite e vinte
minutos, toca a música “Grândola, Vila Morena” de Zeca Afonso, uma música
proibida pelo regime por ter características consideradas comunistas, no
programa Limite da Rádio Renascença, e a Revolução se inicia.
Música “Grândola, Vila Morena” de Zeca Afonso
Forças vão ocupando
pontos vitais de Lisboa, até que Marcello Caetano se rende ao final do dia,
porém exige que o poder seja entregue para o General António de Spínola, que
não fazia parte do MFA, para que o "poder não caísse na rua". Marcello
Caetano parte, depois, para a Madeira, rumo ao exílio no Brasil.
Há muitas histórias do por
que do nome, mas a mais conhecida diz que Celeste Caeiro iniciou a distribuição
dos cravos vermelhos pelos populares que os ofereceram aos soldados. Estes os
colocaram nos canos das espingardas, simbolizando a Revolução.
Heloísa
Y. Hashimoto
Fontes
Bibliográficas
NOGUEIRA, Fausto Henrique Gomes &
CAPELLARI, Marcos Alexandre. História Ensino Médio 3º Ano, Ser Protagonista. 1ª
Edição. São Paulo: edições SM, 2010. Pp. 87, 176.
Fontes
Eletrônicas
Nenhum comentário:
Postar um comentário