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quarta-feira, 19 de março de 2014

Anos de Chumbo

Anos de chumbo é como designamos o período de maior repressão na Ditadura Militar Brasileira, tendo início em 1968 com o Ato Institucional número 5 (AI-5) até o final do governo Médici, e março de 1974.

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Emilio Garrastazu Médici era membro da chamada “linha dura” das Forças Armadas, favorável a um aumento dos métodos repressivos e antidemocráticos.
Médici foi eleito para substituir Costa e Silva, que acabou falecendo. Quem o elegeu foi a Junta Militar, que governava o País. Governou o Brasil no período denominado “Milagre Econômico”, onde os produtos comercializados brasileiros valorizaram-se fazendo com que o Produto Interno Bruto (PIB) do País crescesse. Para termos uma noção da grandeza deste feito, um crescimento deste porte só foi conseguido pela China atualmente.

Características dos Anos de Chumbo:

Com todo esse crescimento, grande parte do seu mandato foi caracterizada pela estabilidade econômica que ajudou o governo a “alienar” a população. Esta era feita da seguinte forma: o regime a todo o momento tentava mostrar um país próspero forte e progressista.
Anos de ChumboPor outro lado o governo era o mais duro e repressivo de todo o ciclo do Regime Militar, onde a repressão à oposição armada cresceu como nunca, a censura a todos meios de comunicação foi posta em prática, atingindo jornais, revistas, livros, peças de teatro, filmes, músicas e outras formas de expressões artísticas. Muitos órgãos de imprensa não conseguiram funcionar regularmente. Muitas obras, especialmente filmes, peças de teatro e livros, levariam décadas para serem publicados sem cortes. E toda essa repressão acarretaria claro, na investigação, prisão, a tortura e o exílio de muitos professores, políticos, músicos e artistas que iam contra o regime.

Reação da População:

Deixando os militares um pouco de lado e falando da resistência civil a esse regime, podemos citar o surgimento de uma guerrilha rural. Esta era uma estratégia do PC do B, parte do partido PCB que optou pela separação e escolheu se engajar na luta armada contra o regime ditatorial. Esta luta começou na parte mais remota do Brasil e a partir dali começaria uma ofensiva aos grandes centros. Tal grupo armado ficou conhecido como Guerrilha do Araguaia que foi, posteriormente, reprimido pelo governo e seus participantes presos e mortos.
Muito destes “revoltosos” foram capturados e identificados pelo DOI-Codi (Destacamento de Operações e Informações e Centro de Informações de Defesa Interna), o principal centro de investigação e repressão utilizado pelo governo militar nos Anos de Chumbo. Em sua sede muitos presos políticos foram violentados, torturados e até mesmo mortos, jogados em valas e registrados como “desaparecidos”, em uma tentativa de limpar o trabalho sujo que fizeram.

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